sexta-feira, 8 de maio de 2015

As obras de Gondomar

 
 
Em 11 de Dezembro de 2013, a Gondomar Tv noticiava que o executivo da autarquia de Gondomar tinha adjudicado, por unanimidade, propostas de ampliação e remodelação dos pavilhões gimnodesportivos e acessos envolventes das Escolas EB 2,3 de Gondomar e de Rio Tinto. "As obras, com um custo total superior a dois milhões de euros (80% suportados pelo QREN e o restante pela DREN), deverão ficar concluídas até ao final de 2014. A renovação das estruturas principais daquelas escolas foi concluída ainda no anterior mandato, mas a renovação dos pavilhões ficou, inexplicavelmente, fora do processo de reconversão", lia-se. Ora, no início deste ano o Porto Canal contava que os alunos da Escola EB 2,3 de Rio Tinto tinham aulas teóricas de educação física, visto que o pavilhão ainda estava por concluir, tendo a autarquia justificado o atraso com "problemas financeiros da construtora". Resultado, o empreiteiro não concluiu a obra e a autarquia teve de assumir o controlo da mesma e arranjar um plano alternativo para possibilitar a prática de educação física aos alunos daquela escola, disponibilizando transporte e acesso a equipamentos municipais desportivos. Curiosamente, a mesma construtura ganhou outra obra municipal: a requalificação do auditório municipal de Gondomar. A conclusão estava prevista para o final de 2014 mas, como se adivinha, nessa altura as obras ainda nem tinham começado, tendo em conta que o empreiteiro abandonou a obra- tal como fez com o pavilhão da escola EB 2,3 de Rio Tinto. No início deste ano a autarquia lá lançou novo concurso público e no mês passado foi publicado o contrato pelo valor de 328.878,30 € (+IVA). Pergunta-se como é que empresas com tanta saúde financeira continuam a ganhar concursos públicos? E quem vai indemnizar o Município/contribuintes pelo atraso e demais danos causados? Ninguém, certamente.

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