sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Caso da Junta de Arroios no Correio da Manhã



Os contratos da Junta de Freguesia de Arroios, em Lisboa, chegaram ao Correio da Manhã. Relembre aqui tudo o que o Má Despesa já escreveu sobre o assunto.  

1 comentário:

  1. Amigos responsáveis pelo blog Má Despesa Pública:
    Não se esqueçam de que as JF passaram a ter 1% de receita do IMI cobrado sobre prédios urbanos e a totalidade do IMI cobrado sobre os prédios rústicos do seu território.
    Portanto, está muita massa em jogo.
    Quando têm à sua frente pessoas a quem nunca custou ganhar a vida, também não sabem dar o valor ao que é poupar. Gastam, por isso, ainda mais facilmente o que não é delas.
    Quando têm uma visão do serviço público invertida, pondo à frente das necessidades básicas das populações o folclore das festanças e o foguetório respectivo, está o caldo entornado.
    Por isso temos um número enorme de populações sem ligação dos esgotos caseiros à rede pública, ao mesmo tempo que há passeatas, bonés, relógios e medalhas, jornais e revistas pagos com o dinheiro público.
    É urgente exigir ao Governo que baixe o intervalo das taxas de IMI em todo no país, deslocando para baixo o actual intervalo – entre 0,300 e 0,500 – para entre 0,200 e 0,400 (intervalo que já existiu entre 2008 e 2011).
    Sabem que há IMI desde 2003 e que desde 2005 até 2014 (últimas taxas aprovadas, que pagaremos em 2015) a média nacional das taxas nas 308 câmaras tem andado sempre à volta de 0,350?
    Ora uma centésima ou duas para cima, ora uma centésima ou duas para baixo.
    Portanto, para quê a taxa poder ir até 0,500?
    Para gerar recursos para os gastadores?
    Sabem que nas últimas taxas aprovadas (em finais de 2014, que pagaremos em 2015), com valores acima de 0,350 e até 0,400 há apenas os seguintes números de municípios:
    0,355 – 1 câmara;
    0,360 – 5 câmaras;
    0,370 – 4 câmaras;
    0,375 – 10 câmaras;
    0,380 – 8 câmaras;
    0,386 – 1 câmara;
    0,390 – 3 câmaras;
    0,395 – 3 câmaras;
    0,400 – 46 câmaras.
    Portanto, 81 câmaras em 308 (26%).
    E com taxas acima de 0,400 e até 0,500 há apenas os seguintes números de municípios:
    0,415 – 1 câmara;
    0,430 – 1 câmara;
    0,440 – 1 câmara;
    0,450 – 6 câmara;
    0,460 – 1 câmara;
    0,500 – 34 câmaras.
    Portanto, 44 câmaras em 308 (14%).
    Mas, em contrapartida, há 137 câmaras com a taxa mínima e 0,300 (44%).
    POR FAVOR, lancem uma campanha pela baixa por parte do governo do intervalo das taxas de IMI para 0,200 a 0,400.
    Lembrem-se que este é dos impostos mais violentos que temos, que este ano, com o fim da Cláusula de Salvaguarda, passa a levar anualmente à maioria das pessoas entre metade e dois ordenados mensais.

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