terça-feira, 19 de março de 2013

O edifício administrativo da Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira (CITEC)



O município de Paços de Ferreira tem uma dívida total assumida de cerca de 50 milhões de euros. A autarquia recorreu, inclusive, ao PAELPrograma de Apoio à Economia Local, pedindo um empréstimo no valor de 6,3 milhões de euros. Entretanto, no passado dia 7, a PFR Invest, Sociedade de Gestão Urbana- empresa municipal de Paços de Ferreira, lançou o concurso público para a construção do  edifício administrativo da Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira (CITEC). Esta obra tem um custo (inicial) de 4.293.819.00 €.
Mais um caso em que a austeridade nada pode perante a vontade de um autarca português. 

3 comentários:

  1. Palavras para quê? É um autarca portugês

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  2. Esclarecimento da autarquia de Paços de Ferreira, enviado por e-mail: "Exmos. Srs.,
    Antecipadamente gratos pela atenção que dedicaram ao nosso projecto da Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira, parece-nos pertinente remeter-vos alguns esclarecimentos sobre esse projecto e sobre a empresa municipal PFR Invest:
    - a PFR Invest é uma empresa municipal encarregue da atracção e captação de investimento privado para o Concelho de Paços de Ferreira, com o único objectivo de gerar emprego e riqueza neste território; funciona, na prática, como uma agência de captação de investimento;
    - para reforço da sua actividade de captação de investimento, a PFR Invest é entidade proprietária e gestora da Cidade Empresarial de Paços de Ferreira (rede de parques industriais) e da Cidade Tecnológica (zona de acolhimento empresarial para projectos nas áreas dos serviços);
    - a PFR Invest é totalmente independente económica e financeiramente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, nunca tendo recebido um cêntimo que seja da Câmara Municipal ou do Orçamento de Estado a título de subsídio à exploração, subsídio ao investimento ou qualquer outro tipo de transferência;
    - ou seja, a PFR Invest - e, por inerência, todos os seus projectos - custam zero cêntimos ao Estado português e ao Município de Paços de Ferreira; os contribuintes portugueses não colocam um cêntimo na PFR Invest;
    - a PFR Invest é gerida como uma empresa privada, através de critérios de eficiência e racionalidade, com um modelo de negócio que visa a sua auto-sustentabilidade; desde a sua criação, em 2007, que a PFR Invest sempre apresentou resultados líquidos positivos;
    - foi a PFR Invest que atraiu e/ou apoiou os processos de investimento de empresas como a IKEA (complexo de 3 unidades industriais que hoje emprega 1500 pessoas e factura anualmente cerca de 100 milhões de euros), Petratex (que hoje desenvolve e produz os célebres fatos de natação da Speedo, empregando mais de 400 pessoas), In Chain Logistics (multinacional belga na área da logística integrada), Transbase (base logística do Grupo Mosqueteiros, que emprega cerca de 450 pessoas), ADA (único produtor nacional de material têxtil hospitalar e produtos para incontinência, que emprega mais de 100 pessoas), Eglo (multinacional austríaca, maior produtor mundial de produtos para a iluminação), etc;
    - ou seja, apesar de nada custar ao erário público, a PFR Invest tem conseguido contribuir para uma maior arrecadação fiscal, para a criação líquida de emprego (mais de 2600 postos de trabalho desde a sua criação) e para um maior bem estar no nosso país;
    - a PFR Invest foi reconhecida, em 2012, pela Comissão Europeia pelo seu contributo para a promoção do ambiente empresarial, tendo nesse âmbito recebido uma distinção nos Prémios Europeus de Promoção Empresarial;
    - a PFR Invest tem 8 pessoas ao seu serviço, incluindo o membro do Conselho de Administração com funções executivas; apesar de nenhuma destas pessoas ser funcionária pública, todas elas têm sofrido os cortes salariais impostos para a administração pública nos últimos anos;
    (continua)

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  3. (continuação)
    - sempre promovemos a razoabilidade dos salários e das regalias dos trabalhadores.
    - o projecto da Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira visa a reabilitação urbana de um antigo complexo militar no centro da Cidade de Paços de Ferreira, transformando esse espaço num "quarteirão" dedicado à qualificação, à inovação e ao empreendedorismo;
    - a Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira tem hoje a funcionar, em espaços desajustados e antigos, uma escola profissional com mais de 200 alunos, um centro de inovação e design de mobiliário com oferta de ensino superior público pós-graduado (em parceria com o Instituto Politécnico do Porto), o Centro de Transferência de Tecnologia do Instituto Politécnico do Porto, uma incubadora de empresas de base tecnológica (totalmente preenchida) e uma incubadora industrial;
    - na incubadora instalada na Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira têm sido apoiados diversos projectos de empreendedorismo, entre os quais se destacam as empresas Vicoustic (start-up que desenvolveu soluções acústicas para edifícios e que hoje atinge um volume de negócios de 4 milhões de euros, exportando para quase 80 países), E-mail Brokers (subsidiária de uma multinacional sueca, maior operador mundial de bases de dados), Tecno4Y (empresa produtora de micro-chips para a indústria automóvel, lançada por ex-trabalhadores da Quimonda), Tridivisions (soluções de realidade virtual aumentada), BioInn (criadores de lareiras à base de bio-etanol), etc;
    - o Edifício Administrativo da Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira é um centro de empresas que visa instalar e ampliar a incubadora de empresas (até agora a funcionar num antiga caserna do complexo militar), que visa qualificar uma oferta adicional para acolhimento de empresas de serviços e que visa disponibilizar um conjunto de serviços partilhados para todos os utilizadores da Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira, desde refeitório para os alunos da escola profissional até espaços para instalação de ateliers de design para os alunos da Pós-Graduação em Design de Mobiliário (única no país e actualmente em curso);
    - o projecto do Edifício Administrativo da Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira tem um financiamento QREN de 85% a fundo perdido, ao qual foi acrescentada uma linha de financiamento bonificado do Banco Europeu de Investimentos, contratada directamente pelo Estado Português.
    Estamos certos que estas informações complementares contribuirão para um melhor esclarecimento quanto ao projecto em causa, em especial quanto ao facto de não estar a ser utilizado dinheiro público (para além do QREN) neste projecto, bem como em qualquer outro projecto desenvolvido pela PFR Invest.
    Repetimos: a PFR Invest nunca recebeu qualquer verba do Estado ou do Município de Paços de Ferreira a título de indemnização compensatória, subsídio à exploração ou subsídio ao investimento. A PFR Invest, desde a sua criação, custou zero cêntimos aos contribuintes portugueses, é gerida como uma empresa privada e sempre apresentou resultados líquidos positivos.
    Refira-se, por último, que a PFR Invest não teve necessidade de proceder a qualquer ajustamento ou alteração para cumprir com a recente legislação sobre o sector empresarial local, que definiu um conjunto de critérios que deverão conduzir à extinção de empresas municipais."

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